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  • Fuga de Nós Mesmos.

    Biblioteca Digital & Serviço de Pesquisa A Fuga de Nós Mesmos Quantas vezes não nos preocupamos com a vida alheia só para fugir de nós mesmos? A preocupação com a vida alheia pode ser uma forma de distração, uma maneira de evitarmos confrontar nossos próprios problemas e desafios. Quando nos preocupamos com os outros, estamos colocando nossa atenção no exterior, no que está acontecendo fora de nós. Isso pode nos ajudar a evitar pensar em nossos próprios problemas, mas também pode nos impedir de crescer e nos desenvolver como indivíduos. Até a preocupação com a política não raro serve a isso. A política pode ser uma fonte de grande ansiedade e estresse. Quando nos preocupamos com a política, estamos nos concentrando em algo que está fora de nosso controle. Isso pode nos deixar nos sentindo impotentes e frustrados. As redes sociais, a tempestade de notícias e a sobrecarga de divertimentos disponíveis permitem que se quisermos jamais prestemos atenção no nosso próprio guia interior. Elas são todas fontes de distração. Elas nos bombardeiam com informações e estímulos, o que pode nos deixar sobrecarregados e agitados. Quando estamos distraídos, é mais difícil prestar atenção em nós mesmos e em nossos próprios pensamentos e sentimentos. O centro de nossa consciência que a única parte de nós capaz de prestar atenção na nossa complexidade moral, em Deus e no próximo. O centro de nossa consciência, ou Self, é a parte de nós que está conectada com nosso propósito, nossos valores e nossa essência. É a parte de nós que é capaz de nos guiar para uma vida mais plena e significativa. Quando vivemos em fuga de nós mesmos, estamos vivendo uma vida superficial e sem sentido. Estamos vivendo como animais, simplesmente reagindo aos estímulos externos sem pensar nas consequências de nossas ações. Precisamos ter paciência com os desvios inevitáveis e toda vez que notarmos isso, sem culpa, sem censura, tentar voltar ao centro de nós mesmos. O retorno ao Self é um processo contínuo. É um processo de autoconhecimento e autodesenvolvimento. É um processo que vale a pena percorrer.

  • Atendimentos

    Biblioteca Digital & Serviço de Pesquisa Local de Atendimento Atendimento Clínico com Hora Marcada: HT - MOEMA Endereço : R. Ubaíra, 70 - Moema São Paulo - SP - 04517-140 Telefone para Agendamento e Informações: Tel. 11- 9-93591776 ( whatsapp inclusive) ou tel. 11- 55435236 ( com Srta. Cris ) 1/1 SOBRE MIM: Graduado em em Odontologia pela Unicamp em 2001 e tendo escolhido a área de Cirurgia Buco Maxilo Facial , concluí minha Residência Médica Hospitalar em 2005. Em paralelo ao estudo e prática odontológica sempre me interessei pelos fenômenos da mente e do psiquismo e seus mistérios. Em busca desse aperfeiçoamento pessoal, concluí minha especialização em MEDICINA COMPORTAMENTAL E HIPNOSE CLÍNICA pela UNIFESP em paralelo com a especialização em HIPNOSE ERICKSONIANA . Alguns anos mais tarde, dei início à inha formação em PSICOLOGIA JUNGUIANA através de uma nova especialização, sempre em busca ao Conhecimento. Atualmente me dedico à pós graduação na área de FILOSOFIA . Meu intuito principal sempre foi o de auto-conhecimento. Desde então venho atuando clinicamente como Hipnoterapeuta Clínico em consultório particular e também ministrando cursos na área de Hipnose Clínica voltados para Profissionais de Saúde e Palestras na área de Reengenharia Humana com ênfase em Filosofia para a vida prática. Em acréscimo procuro desenvolver um projeto pessoal de divulgação de técnicas próprias de relaxamento e auto-hipnose que pude desenvolver nesses anos, numa nova abordagem desta maravilhosa ciência que denomino HIPNOSE TRANSCENDENTAL . Trata-se de uma nova roupagem na qual associo metodologias diversas como Visualização Criativa, Estados Alterados de Consciência, Filosofia Clínica, Hipnose Ericksoniana, Reengenharia Humana e Psicanálise Junguiana. Meu único objetivo é promover e levar um maior bem estar às pessoas e uma maior qualidade de vida. Assim como foi comigo, espero que a sua riqueza pessoal advenha também da compreensão de quem você realmente é. Conte comigo nessa busca interior. Espero seu contato. Abraços Fraternais - Paz Profunda Marcelo Martins Moreira Formulário de Contato : Como podemos ajudar? Nome Sobrenome Email Telefone Selecione um problema Com o que você precisa de ajuda? Enviar Obrigado(a). Entraremos em contato em breve.

  • Navalha de Ockham

    Biblioteca Digital & Serviço de Pesquisa A Navalha de Ockham. A navalha de Ockham é um princípio filosófico que afirma que, entre duas explicações igualmente válidas para um fenômeno, a mais simples é a mais provável. Em outras palavras, se duas hipóteses podem explicar os mesmos fatos, devemos escolher a hipótese com o menor número de suposições ou entidades. A navalha de Ockham foi formulada pelo filósofo escolástico inglês Guilherme de Ockham, no século XIV. Ela foi inspirada na ideia de que Deus é um ser simples e perfeito, e que, portanto, o mundo criado por ele também deve ser simples e perfeito. A navalha de Ockham tem sido aplicada em diversos campos do conhecimento, incluindo a filosofia, a ciência, a teologia e a política. Na filosofia, ela é usada para avaliar a validade de teorias e argumentos. Na ciência, ela é usada para simplificar modelos e explicar fenômenos naturais. Na teologia, ela é usada para interpretar textos sagrados. Na política, ela é usada para avaliar políticas públicas. A navalha de Ockham também pode ser usada como um exercício da vida diária moderna. Por exemplo, se você está tentando decidir entre duas opções, você pode aplicar a navalha de Ockham para escolher a opção mais simples. Aqui estão alguns exemplos práticos de como a navalha de Ockham pode ser usada na vida diária: - Se você está procurando um presente para um amigo, você pode escolher o presente mais simples que ainda seja significativo. - Se você está tentando resolver um problema, você pode começar com a solução mais simples e ver se ela funciona. - Se você está tentando tomar uma decisão, você pode pesar os prós e os contras de cada opção e escolher a opção com o menor número de desvantagens. O nome “navalha de Ockham” é uma tradução do termo latino lex parsimoniae, que significa “lei da parcimônia”. Ockham acreditava que Deus é um ser simples e perfeito, e que, portanto, o mundo criado por ele também deve ser simples e perfeito. Essa ideia inspirou o princípio da parcimônia, que afirma que, entre duas explicações igualmente válidas para um fenômeno, a mais simples é a mais provável. A tradução “navalha de Ockham” é uma analogia à ideia de que a simplicidade é preferível à complexidade. A navalha é uma ferramenta que é usada para cortar coisas, e a ideia é que a simplicidade “corta” a complexidade desnecessária. A navalha de Ockham é uma ferramenta útil para simplificar a vida e tomar decisões mais acertadas.

  • biblioteca U-Z | MindStream

    Biblioteca & Pesquisa Digital U - V - X UMBERTO ECO - O que creem os que não creem VOLTAIRE ( François-Marie Arouet ) - Cândido - Breves Contos - Zadig VICTOR FRANKL - A Presença Ignorada de Deus - Em busca de Sentido VICTOR HUGO - OS MISERÁVEIS VEDUCA - Acervo de cursos antigos Prof. Clóvis de Barros Filho Curso Filosofia e Literatura Francesa Aulas: Os Miseráveis 1 e 2 W - Y - Z WILHEIM REICH - Psicologia de Massas do Fascismo WERNER JAEGER - Paidea - A Formação do Homem Grego YUVAL NOAH HARARI - 21 Lições para o Século XXI - Sapiens - Homo Deus

  • HT - Quer felicidade? Compre experiências.

    Filosofia - Educação - Conhecimento Quer felicidade? Compre experiências, não coisas. Share Felicidade pode significar coisas muito diferentes para pessoas diferentes. Como conseguir isso é uma questão vital para a maioria de nós. Nossas religiões e políticas oferecem suas próprias receitas. Mas o que a ciência tem a dizer sobre isso? O professor de psicologia Thomas Gilovich, da Cornell University, fez quatro estudos sobre o assunto ao longo de décadas e chegou à conclusão de que a felicidade é derivada de experiências, não de coisas . Em particular, Gilovich se concentrou nas compras que as pessoas fazem, comparando como elas se sentiam gastando dinheiro em posições materiais versus compras experienciais. Ele descobriu que as pessoas eram muito mais felizes como resultado das experiências. "As pessoas geralmente pensam que gastar dinheiro em uma experiência não é um investimento tão sábio quanto gastar em uma posse material. Eles acham que a experiência virá e passará num piscar de olhos, e eles ficarão com pouco em comparação a possuir um item. Mas, na realidade, nos lembramos de experiências muito tempo depois, enquanto nos acostumamos às nossas posses. Ao mesmo tempo, também aproveitamos a antecipação de ter uma experiência mais do que a antecipação de possuir uma posse ”. De fato, a antecipação de uma experiência pode ser muito mais prazerosa do que esperar por uma posse material. Você pode ficar empolgado em comprar um carro novo, mas, a menos que você seja um verdadeiro engenheiro de mecânico, é provável que esteja mais empolgado com os lugares que pode entrar naquele carro e com a maneira como as pessoas olham para você naquele carro. O estudo de Gilovich de 2014 descobriu que as experiências são a cola de nossas vidas sociais , importando muito mais do que o último gadget porque: - As compras experienciais melhoram as relações sociais mais prontamente e efetivamente do que bens materiais. - As compras experienciais formam uma parte maior da identidade de uma pessoa. - As compras experienciais são avaliadas mais em seus próprios termos e evocam menos comparações sociais do que as compras de materiais. Mas por que as posses materiais não nos dão muita alegria? Gilovich explica : "Um dos inimigos da felicidade é a adaptação. Nós compramos coisas para nos fazer felizes, e conseguimos. Mas só por um tempo. Novas coisas são excitantes para nós no começo, mas depois nos adaptamos a elas." Um estudo de 2012 de Gilovich descreveu como as pessoas tendem a ter mais arrependimentos pela inação por experiências do que por cargos. Você se arrepende mais de não ir a um concerto com amigos do que não comprar uma nova mesa. Uma grande razão pela qual as experiências são mais importantes para nós do que objetos materiais é que elas são inerentemente sociais. Você geralmente tem uma experiência com amigos ou familiares. Isso os torna muito mais valiosos. As experiências também geralmente resultam em narrativas e conversas e, certamente, inúmeras postagens no facebook de suas fotos de férias. As experiências também refletem mais de quem realmente somos. Eles estão mais próximos de nosso eu interior, como somos, segundo Gilovich, "a soma total de todas as nossas experiências". E como tal, quando são compartilhadas, as experiências nos permitem nos aproximar dos outros de uma maneira impossível com objetos inanimados que podemos comprar. À medida que avançamos como sociedade, buscando coletivamente a felicidade, faria sentido considerarmos o que essa felicidade pode ser. Uma sociedade que trabalhe mais e mais horas e tenha menos tempo para lazer e experiências, provavelmente não será feliz. Fontes: http://psych.colorado.edu/~vanboven/research/publications/vb_gilo_2003.pdf https://static1.squarespace.com/static/5394dfa6e4b0d7fc44700a04/t/547d589ee4b04b0980670fee/1417500830665/Gilovich+Kumar+Jampol+(in+press)+A

  • Sincronicidades

    Reengenharia Humana & Desenvolvimento Pessoal Contos de Fada e Psicoterapia A psicoterapia, de um jeito geral, busca entender e ajudar a pessoa com seus conflitos internos e externos. Na Psicologia Analítica, criada por Carl Jung, uma ideia central é a do inconsciente coletivo e dos arquétipos. E é aí que os contos de fada, mitos e outras histórias tradicionais se tornam super importantes. Eles funcionam como chaves para decifrar a nossa mente mais profunda e podem ajudar a elaborar coisas que estão no nosso inconsciente. O que é o Inconsciente Coletivo e os Arquétipos? Jung propôs a existência de um inconsciente coleti vo. Pense nele como uma camada da nossa mente que é universal, compartilhada por toda a humanidade. Diferente do inconsciente pessoal (que guarda as nossas experiências esquecidas ou reprimidas), o coletivo é feito de padrões inatos de pensamento e comportamento, que Jung chamou de arquétipos. Os arquétipos não são imagens prontas, mas sim "modelos vazios", uma tendência da nossa psique para organizar a experiência. Eles aparecem através de símbolos e temas que se repetem nos nossos sonhos, na religião, na arte e, claro, nos mitos e contos de fada. Exemplos de arquétipos são o Herói, a Grande Mãe, o Sábio, a Sombra (aquela parte que a gente esconde), entre outros. Eles representam as experiências mais básicas do ser humano. Por que Contos de Fada e Mitos são Tão Legais para a Terapia? A importância dessas histórias para a clínica é enorme. Jung e seus seguidores, como Marie-Louise von Franz, enxergam os contos de fada como a expressão mais pura e simples de como o inconsciente coletivo funciona. Diferente dos sonhos, que são muito pessoais e às vezes confusos, os contos de fada foram sendo lapidados por gerações. Eles mostram, de forma simbólica e fácil de entender, os problemas universais que todo mundo enfrenta e as possíveis soluções. Eles falam da nossa jornada de crescimento, dos desafios e das transformações que a gente precisa passar para amadurecer. Na Prática, Como os Contos de Fada Ajudam? - Amplificam o Inconsciente: Se um paciente chega com um sonho ou um sentimento difícil de explicar, o terapeuta pode lembrar de um conto de fada que tenha uma temática parecida. Isso ajuda a pessoa a entender que sua experiência não é só dela, mas faz parte de um padrão humano universal. Dá um "click" na cabeça. - Identificação e Projeção: A gente se identifica com os personagens. O paciente pode se ver no herói da jornada, na vítima que precisa se salvar, ou até no vilão, que pode representar um lado sombrio que ele não quer encarar. Isso facilita muito falar sobre emoções e conflitos. - Mostram Caminhos para Resolver Problemas: A estrutura do conto de fada é simples: tem um problema, uma luta e uma solução. Essas histórias oferecem modelos simbólicos de como enfrentar dificuldades e integrar partes da nossa personalidade. Isso pode inspirar o paciente a achar suas próprias soluções. - Acesso a Forças Internas: Ao se conectar com os arquétipos das histórias, a pessoa pode "acordar" recursos que estavam adormecidos dentro dela. A figura do Herói pode trazer coragem à tona; a do Sábio, pode ajudar a encontrar uma sabedoria interior. - Falam a Língua do Inconsciente: Nossa mente profunda entende melhor símbolos do que lógica pura. Como os contos de fada são cheios de simbolismo, eles "conversam" direto com o inconsciente, driblando a nossa resistência racional. Eles criam uma ponte entre o mundo consciente e o inconsciente. Conclusão Resumindo, usar contos de fada e mitos na terapia, principalmente na linha junguiana, é uma ferramenta poderosa. Essas histórias não são só para criança! Elas são um baú de sabedoria antiga que reflete a estrutura da nossa mente. Trabalhar com esse material ajuda o paciente a se entender melhor, a juntar os pedaços da sua história e a encontrar um sentido mais autêntico para a vida. É como ter um mapa simbólico para a jornada de se conhecer e enfrentar os desafios que aparecem.

  • Arrependimento no Budismo

    Biblioteca Digital & Serviço de Pesquisa O Arrependimento no Budismo É agradável imaginar uma vida sem erros, mas trata-se de algo impossível de realizar. A virtude humana profunda baseia-se em uma saudável auto-avaliação e na disposição de melhorar. Se não conseguirmos reconhecer nossas próprias transgressões, seremos simplesmente incapazes de evoluir moral e espiritualmente. Todos nós violamos alguns preceitos de quando em quando, e tais transgressões devem ser levadas a sério. Porém, é preciso entender que infringir um preceito não é o fim do mundo. Uma vez reconhecido o nosso erro, precisam os corrigi-lo e seguir em frente. Se não conseguirmos entender esse processo ou nos recusarmos a aceitá-lo, corremos o risco de nutrir uma opinião incorreta grave, acreditando que tudo o que fazemos é justificável ou que estamos de alguma maneira acima das exigências da vida moral, será impossível empreender as mudanças necessárias ao progresso espiritual. Uma vez que tenhamos reconhecido um erro e nos envergonhado de nosso comportamento, vem o momento de arrependimento, que envolve a busca do perdão e comprometimento com a não repetição do ato. De acordo com o Vinaya Sarvastivadan, o arrependimento exige de nós admitir o erro para a pessoa que ofendemos e pedir perdão a ela. Já para o Sutra da Plataforma do Sexto Patriarca, o arrependimento supõe, inicialmente, admitir que fizemos algo errado e, então, fazer o voto de não repetir o erro. O arrependimento é como a água pura que lava a mente das opiniões errôneas, do orgulho e da ignorância. Errar sem nos arrepender significa piorar muitas vezes o problema, acrescentando-lhe camadas de pretextos egoístas que nos prejudicam, anuviando a razão e fazendo-nos repetir as transgressões. O arrependimento deve se basear no sentimento de vergonha. A maioria das pessoas não gosta de sentir vergonha; no entanto, isso às vezes é necessário. Em vez de nos esconder desse sentimento perturbador é melhor dar ouvidos e ele e seguir suas sugestões profundas…. Muitos pensadores budistas dizem que o mais grave obstáculo ao crescimento espiritual é a ausência do senso de vergonha, pois sem ele, simplesmente não somos capazes de reconhecer nossos erros, muito menos de corrigí-los… Ironicamente, uma pessoa com um senso de vergonha bem desenvolvido tem mais do que se orgulhar do que a orgulhosa que nunca se envergonha. Aquela poderá se aperfeiçoar ao longo da vida, ao passo que esta ficará estagnada. Mas é necessário muita coragem para assumir a vergonha e admitir que não há saída que não seja o arrependimento. Há dois aspectos no sentimento de vergonha: -reconhecimento do mal causado a si mesmo; - reconhecimento do mal causado ao próximo. O sentimento de vergonha evita que prejudiquemos a nós mesmos e aos demais por meio de atos tolos. Os budistas dizem que o senso de vergonha constitui uma das mais importantes características de um aspirante ao desenvolvimento espiritual, pois age como um catalisador, fortalecendo todas as outras qualidades básicas que conduzem à verdade. Segundo os Discursos de Média Duração do Buda, a noção de vergonha figura entre as sete “ características santas “ essenciais para alguém alcançar a budeidade. Alguns sutras budistas comparam as pessoas que carecem da noção de vergonha a árvores cuja casca foi removida do tronco. Embora possam permanecer eretas por algum tempo, não demora muito para que definhem e morram. O Agama Samyukt diz que, se o seres humanos não fossem capazes de se envergonhar, nenhum de nós reconheceria suas obrigações para com “pais, irmãos, irmãs, mulher, marido, portanto, seríamos como animais.” Tentar levar uma vida espiritual sem dispor de um senso bem desenvolvido de vergonha é virtualmente impossível, uma vez que os chamados de nossa consciência constituem sinais de sabedoria, tanto quanto a tranquilidade que resulta de segui-los. Não conseguir reconhecer nossa própria tendência ao erro significa estarmos cegos justamente para aquela parte de nós que mais necessita de atenção espiritual. Por essa razão, o Sutra do Ensinamento Legado afirma: “O senso de vergonha é verdadeiramente magnífico”

  • Hipnose Transcendental

    Filosofia - Educação - Conhecimento A hipnose funciona? Sim. Mas como ela funciona? E até que ponto pode ser usada para controlar melhor a sua própria mente? A hipnose começou a ser praticada no século 18, quando o médico alemão Franz Anton Mesmer defendeu sua tese de doutorado na Universidade de Viena. Mesmer propunha uma ideia estapafúrdia: a atração gravitacional entre a Terra e outros corpos celestes afetava a saúde das pessoas, sendo responsável por vários tipos de doença mental. Por incrível que pareça, a tese foi aceita e Mesmer recebeu o diploma em 1766. Logo ele começou a desenvolver outra ideia – o corpo humano estava cheio de fluidos magnéticos, cujo desequilíbrio era nocivo e deveria ser corrigido. No tratamento, o paciente ficava sentado numa cadeira enquanto Mesmer olhava em seus olhos, pedia que se concentrasse ou tocava em seus braços e mãos – técnicas similares às da hipnose moderna. Em 1778, depois que não conseguiu curar uma pianista acometida de cegueira nervosa, Mesmer foi expulso de Viena e se instalou em Paris. Mais ousado, ele passou a andar vestido de violeta e a usar uma varinha de condão (objeto que ele inventou). Sua clínica foi o maior sucesso, e em 1784 o rei Luis 16 formou uma comissão de cientistas notáveis, que incluía Antoine Lavoisier e Benjamin Franklin, para estudar os poderes de Mesmer. Eles concluíram que se tratava de um charlatão (a teoria dos fluidos magnéticos, claro, era pura bobagem), mas que tinha alguns poderes: ele representava um perigo para a sociedade, porque supostamente era capaz de “mesmerizar” – palavra que se tornou um sinônimo de enfeitiçar – as pessoas contra a vontade delas. As técnicas de Mesmer foram proibidas, e a hipnose começou a se transformar em show circense. Mas alguns discípulos continuaram a acreditar na sua eficácia como tratamento. Um deles era o médico escocês James Braid. Em 1843, ele resolveu trocar o nome da mesmerização para torná-la mais aceitável. E cunhou o termo “hipnose” – que vem de Hypnos, a deusa grega do sono. Braid adotou uma abordagem mais científica, e a partir daí a hipnose passou a ser estudada por gente mais séria – como o francês Jean-Martin Charcot (1825-1893), considerado o pai da neurologia, o psicólogo russo Ivan Pavlov (1849-1936) e o próprio Freud, que chegou a hipnotizar seus pacientes no começo da carreira. Mesmo assim, a hipnose só começou a ser aceita pela ciência em 1997, quando o psiquiatra americano Henry Szechtman fez uma experiência com 8 voluntários. Eles foram vendados e ouviram uma gravação que repetia a seguinte frase: “O homem não fala muito. Mas, quando ele fala, vale a pena ouvir o que diz”. Szechtman desligou o som e pediu aos voluntários que tentassem imaginar a frase. Em seguida, hipnotizou todo mundo e disse que iria tocar a fita novamente. Era mentira; não havia som nenhum. Mesmo assim, os voluntários disseram ter ouvido a gravação – eles sofreram uma alucinação auditiva por causa da hipnose. Monitorando o cérebro dos voluntários, o cientista descobriu o seguinte. Durante a alucinação e quando a gravação estava tocando de verdade, a atividade do cérebro era idêntica. Já quando as pessoas apenas imaginavam o som, a atividade era diferente. Outros estudos comprovaram esse efeito, e permitiram chegar a uma conclusão definitiva: a hipnose existe, não é fingimento e tem um efeito característico sobre o cérebro – é uma simulação perfeita da realidade, muito mais forte que a imaginação ou a autossugestão. Uma pessoa hipnotizada pode literalmente ver, ouvir e sentir o que é sugerido pelo hipnotizador. Mas como isso acontece? A resposta começou a aparecer num teste feito pelo neurocientista Pierre Rainville, da Universidade de Montreal. Ele pediu que voluntários mergulhassem a mão em tigelas com água muito quente (a 47 oC). Como estavam hipnotizadas, as cobaias não sentiam dor. Rainville observou o cérebro daquelas pessoas e descobriu algo estranho. O sistema límbico, que é um pedaço primitivo do cérebro que nós herdamos dos répteis e processa os sinais que vêm do corpo, como a dor, estava operando normalmente. Mas o neocórtex, uma região cerebral que só existe nos mamíferos avançados e é responsável pela nossa consciência, ignorava os sinais do sistema límbico. É como se, durante a hipnose, o “cérebro humano” parasse de se comunicar com o “cérebro reptiliano”. É por isso que a hipnose tem efeitos tão profundos. A pessoa não fica dormindo. Fica acordada, consciente e sabendo que está sendo hipnotizada. A diferença é que, como o neocórtex é privado das informações fornecidas pelo sistema límbico (que além de processar a dor também controla a memória e reações como desconfiança, vergonha, medo, fome, iniciativa, prazer e desejo sexual), a consciência fica sem reservas nem referências – e, por isso, totalmente vulnerável às sugestões do hipnotizador. Esse poder pode servir para obrigar uma pessoa a imitar uma galinha, mas também tem uso terapêutico. O Conselho Federal de Odontologia regulamentou o uso da hipnose – os dentistas devidamente qualificados podem utilizá-la como complemento da anestesia. E o Conselho Federal de Medicina já reconhece a hipnose como ferramenta no tratamento de dores crônicas (o Hospital das Clínicas, em São Paulo, oferece a hipnoterapia como opção para tratar as dores de pacientes de câncer) e em várias formas de psicoterapia – há estudos comprovando que ela é eficaz contra o tabagismo, a ansiedade, a depressão e outros transtornos psíquicos. Pesquisas recentes também constataram, de maneira surpreendente, efeitos fisiológicos da hipnose: há indícios de que possa ajudar no tratamento de hipertensão e de problemas gastrointestinais e no sistema imunológico. Tudo isso depende, claro, do seu grau de sensibilidade. Por que algumas pessoas podem ser completamente tomadas pela hipnose, enquanto outras são imunes a ela? E como técnicas tão banais, como balançar um reloginho na frente de uma pessoa, podem ter tanta força sobre a mente? A hipnose é muito mais comum do que se imagina. Você já deve ter se auto-hipnotizado milhares de vezes e nem percebeu. Um exemplo: sabe quando você está indo para algum lugar, mas acaba se distraindo com os próprios pensamentos e ao chegar nem se lembra do caminho que fez? É uma forma fraquinha de hipnose. O estado hipnótico é parecido com o que acontece quando você fica absorto, lendo um livro ou vendo um filme. É um estado de grande atenção, em que o cérebro foca em uma coisa e se desliga do resto. Mas não tem nada de extraordinário; é um mecanismo que faz parte do funcionamento normal do cérebro. Existem vários métodos de hipnotizar, mas todos seguem a mesma lógica. Tanto faz se o hipnólogo balança um objeto ou diz palavras suaves – o que conta é prender a atenção da pessoa e reduzir seu grau de inibição. Se essas duas condições forem atendidas, pronto: você conseguiu calar o sistema límbico e cativar o neocórtex, e a pessoa está hipnotizada. Para o psicólogo americano Michael Nash, autor de dezenas de estudos sobre hipnose e organizador do maior livro sobre o assunto, o Oxford Handbook of Hypnosis, nossa suscetibilidade à hipnose pode ser obra da seleção natural. Ao longo da evolução da humanidade, em que as situações de dor eram muito mais comuns do que hoje (a anestesia como a conhecemos só foi inventada no século 19), quem tinha mais capacidade de ignorar o próprio sistema límbico e suportar o sofrimento físico levou vantagem na vida. Viveu mais e gerou mais descendentes, que foram espalhando essa característica pela humanidade. É por isso que, hoje, 80% da população mundial é hipnotizável em algum grau. Mas como medir o grau de sensibilidade à hipnose? Os métodos mais famosos são a Escala Grupal de Harvard, criada em 1962, e a Escala Stanford, de 1959. Este último, individual, é o mais usado pelos pesquisadores. Consiste num teste de mais ou menos 50 minutos, com 3 sessões de 12 exercícios que testam habilidades hipnóticas cada vez mais difíceis – como regressar mentalmente à infância, ficar sem poder abrir os olhos, obedecer a uma sugestão pós-hipnótica (pular da cadeira sempre que ouvir determinado som, por exemplo), tornar-se incapaz de sentir odores fortes e desagradáveis, e o exercício mais difícil de todos, esquecer tudo o que aconteceu durante a sessão. Esses testes foram aplicados em milhares de pessoas, ao longo de várias décadas, e descobriram várias coisas. A sensibilidade à hipnose se mantém estável durante a vida (é a mesma na infância, na idade adulta e na velhice), não tem relação com o sexo, a escolaridade ou a inteligência das pessoas. E é hereditária. Existe um teste rápido que você mesmo pode fazer. Leia a frase a seguir: “Quando o carro vermelho buzinou, o cachorro preto latiu e chegou ao portão da casa amarela”. Agora feche os olhos e responda: quais são as cores das palavras desta frase? Não estou perguntando os nomes escritos; quero saber as cores da tinta que usamos para imprimir as palavras em destaque. Se o seu cérebro é um pouco hipnotizável, como o de 80% das pessoas, você terá alguma dificuldade para responder – porque sua mente aprendeu e sabe, instintivamente, que o significado das palavras é mais importante que a cor delas. Já se você for extremamente hipnotizável, como 15% da população, respondeu no ato e sem problemas. Isso se deve a uma diferença estrutural no cérebro. Pesquisas feitas na Universidade de Virgínia, nos EUA, revelaram que o cérebro das pessoas altamente hipnotizáveis possui duas características marcantes. É mais assimétrico – a divisão de tarefas entre os dois hemisférios do cérebro é mais intensa do que em pessoas comuns. E seu corpo caloso, estrutura que conecta o hemisfério esquerdo ao direito, é em média 31,8% maior. Os cientistas especulam que a superconexão faça as informações fluir mais facilmente dentro do neocórtex (que se divide entre os dois hemisférios do cérebro). E por isso o cérebro tenha maior facilidade em suprimir, ou ignorar, a atuação do sistema límbico. A hipnose é uma ferramenta poderosa, que já vem embutida no cérebro e pode ser usada de maneira positiva. Por esse motivo, em meus 20 anos de estudos pessoais na área a denominei de Hipnose Transcendental. Ela é um mecanismo anterior ( ‘a priori’ ) à sua própria escolha consciente e faz parte do seu dia a dia inconsciente. Nesse sentido também é naturalista. O pior que pode acontecer é ela não funcionar com você. Mas calma… você é pelo menos um pouquinho hipnotizável, não é? Eu sei que sim...

  • Imaginação Ativa

    Biblioteca Digital & Serviço de Pesquisa Imaginação Ativa Imaginação Ativa: Uma Exploração do Inconsciente por Carl G. Jung A Imaginação Ativa é uma técnica psicoterapêutica e de autoconhecimento profundamente associada ao psiquiatra suíço Carl Gustav Jung (1875-1961), fundador da psicologia analítica. Embora Jung tenha se inspirado em práticas antigas, como as dos alquimistas, ele reinventou e integrou essa abordagem em seu sistema psicológico como um método para dialogar diretamente com o inconsciente. Ao contrário da interpretação de sonhos ou da associação livre, a Imaginação Ativa não busca apenas decifrar simbolicamente os conteúdos inconscientes, mas sim estabelecer uma interação dinâmica com eles. A técnica consiste em focar em um estado de ânimo, imagem espontânea ou figura onírica e permitir que ela se desenvolva autonomamente, como se tivesse vida própria. O indivíduo, então, entra conscientemente nesse cenário imaginal, dialogando e interagindo com as figuras e elementos que emergem. Essa interação não é passiva; exige um engajamento ativo do ego, que questiona, responde e se posiciona frente às manifestações do inconsciente. Jung via a Imaginação Ativa como um meio poderoso para ativar o que ele denominou de "função transcendente". Esta função representa a capacidade da psique de unir opostos – consciente e inconsciente, racional e irracional – gerando uma nova síntese ou perspectiva que transcende a unilateralidade anterior. Ao confrontar e integrar os conteúdos sombrios, arquetípicos ou desconhecidos que emergem durante a Imaginação Ativa, o indivíduo promove o processo de individuação, ou seja, o caminho para se tornar um "si-mesmo" mais completo e integrado, a totalidade da psique. A criação e o desenvolvimento da Imaginação Ativa por Jung ocorreram no âmbito de sua própria jornada interior e de sua prática clínica. Ele percebeu que, para além da análise intelectual, era necessário um método que permitisse uma vivência direta e um confronto ético com as forças do inconsciente. Embora Jung tenha descrito e utilizado extensivamente a técnica em seus escritos e trabalho terapêutico, a sistematização mais formal do método em passos práticos foi realizada posteriormente por outros autores junguianos, como Robert A. Johnson. Em suma, a Imaginação Ativa, conforme concebida por Jung, é um convite a um mergulho corajoso nas profundezas da psique, não como um observador distante, mas como um participante ativo no drama interior. É um método que visa a integração psíquica e o desenvolvimento pessoal através do diálogo consciente com as imagens e energias que habitam o inconsciente, buscando a reconciliação dos opostos e a emergência de uma consciência mais ampla e unificada. A Imaginação Ativa é um tipo de Meditação ? Sim, podemos afirmar que a técnica de imaginação ativa criada por Jung possui semelhanças com certas formas de meditação, embora com características distintivas importantes. As semelhanças incluem: A necessidade de um estado mental receptivo e contemplativo, onde a atenção crítica é temporariamente suspensa, criando o que Jung chamou de "vácuo na consciência". A observação passiva inicial de conteúdos que emergem espontaneamente da psique, sem interferência direta da vontade consciente. A prática regular e disciplinada, que requer dedicação e tempo para desenvolver proficiência. A busca por uma transformação interior e ampliação da consciência. No entanto, a imaginação ativa difere de muitas formas tradicionais de meditação nos seguintes aspectos: Enquanto muitas práticas meditativas buscam esvaziar a mente ou observar pensamentos sem se envolver com eles, a imaginação ativa evolui para um diálogo ativo e engajamento com as figuras e imagens que emergem. Jung enfatiza a importância de tratar as figuras que surgem "como algo que existe", estabelecendo um diálogo real com elas, diferente da observação distanciada comum em algumas práticas meditativas. A imaginação ativa tem um componente dialético explícito, onde o ego consciente mantém sua perspectiva enquanto interage com os conteúdos inconscientes. O objetivo final não é apenas a tranquilidade mental ou o desapego, mas a integração de conteúdos inconscientes e a individuação. A imaginação ativa junguiana fundamenta-se em quatro elementos meditativos essenciais: primeiro, a criação de um "vácuo na consciência", estado receptivo onde a mente crítica é temporariamente suspensa, permitindo o acesso a conteúdos mais profundos; segundo, uma fase inicial de observação passiva, onde o indivíduo simplesmente testemunha o surgimento espontâneo de imagens e conteúdos psíquicos sem manipulá-los conscientemente; terceiro, o desenvolvimento de uma prática consistente e disciplinada, que exige dedicação contínua para aperfeiçoamento, similar a qualquer prática contemplativa; e quarto, o propósito transformador que visa não apenas o autoconhecimento, mas uma verdadeira expansão da consciência e integração psíquica. Estes elementos constituem a base meditativa sobre a qual se desenvolve o aspecto dialógico distintivo da técnica junguiana. A Imaginação Ativa seria um tipo de Hipnose ? Embora existam algumas semelhanças superficiais, seria impreciso caracterizar a imaginação ativa junguiana como um tipo de auto-hipnose. Vejamos as diferenças fundamentais: Na imaginação ativa: A consciência permanece ativa e participativa durante todo o processo. O ego mantém sua autonomia e capacidade crítica, dialogando com os conteúdos inconscientes. Há um engajamento dialético entre consciência e inconsciente, onde ambos mantêm suas perspectivas. O praticante permanece orientado e ciente do ambiente externo. O objetivo é a integração de conteúdos inconscientes à consciência. Na hipnose: Busca-se um estado alterado de consciência com redução da capacidade crítica. A sugestibilidade é aumentada e a autonomia do ego é temporariamente diminuída. Frequentemente envolve um estreitamento do foco de atenção. Pode incluir uma dissociação temporária da consciência normal. Geralmente visa implantar sugestões ou acessar memórias. Jung enfatizava a importância de manter a perspectiva consciente durante o diálogo com as figuras do inconsciente. Ele não buscava um estado de transe ou sugestibilidade aumentada, mas sim um diálogo genuíno entre diferentes aspectos da psique. A imaginação ativa requer um equilíbrio delicado: receptividade suficiente para permitir que os conteúdos inconscientes emerjam, mas também presença consciente suficiente para engajar-se ativamente com esses conteúdos. Este equilíbrio difere significativamente do estado hipnótico, onde a consciência crítica é deliberadamente reduzida.

  • Individuação

    Biblioteca Digital & Serviço de Pesquisa Individuação Share Pelo fato de o inconsciente coletivo representar a fonte do crescimento psíquico, Jung acreditava que um relacionamento funcional entre os níveis consciente e inconsciente da existência fosse vital para a saúde psíquica. Esse relacionamento funcional entre os níveis consciente e inconsciente da existência foi também concebido e descrito por Jung como o relacionamento entre o complexo individual do Eu e o arquétipo do Si-Mesmo (Self), um arquétipo de totalidade e inteireza, representado por símbolos que Jung encontrava continuamente nos sonhos e fantasias dos seus pacientes. Quando o consciente e o inconsciente, Eu e Si-Mesmo, Ego e Self, têm um relacionamento contínuo, Jung considerava que a pessoa poderia então consolidar um senso de sua individualidade única, bem como de sua conexão com uma experiência mais ampla da existência humana, tornando-a capaz de viver de um modo criativo, simbólico e individual. O processo de chegar a esse equilíbrio psíquico, Jung chama de Individuação, um princípio e um processo que ele entendia como subjacente a toda a atividade psíquica. A tendência da psique de mover-se para a totalidade e o equilíbrio é um postulado fundamental da psicologia de Jung. Chamado diferentemente de princípio teleológico, intencional, sintético, construtivo ou finalista, esse princípio de que a psique tende para a totalidade e o equilíbrio contém igualmente o postulado tipicamente junguiano de que a verdadeira vida humana consiste de opostos que precisam ser unidos dentro da alma humana. O processo e o resultado dessa união de opostos é a habilidade de a pessoa formar para si uma personalidade individual unificada, coerente e, apesar disso, singular em profundidade e riqueza. A individuação, esse processo de tornar-se um indivíduo autônomo, pode ser entendida a partir de sua etimologia, isto é, o processo de tornar-se indivisível ou de tornar-se um consigo mesmo. Um dos propósitos da análise, talvez o propósito da análise na visão de Jung, é ajudar no processo de individuação, particularmente em nível arquetípico. Jung considerava a individuação, da maneira como usava o termo, como em grande parte uma questão de desenvolvimento psicológico na segunda metade da vida, isto é, após a realização exterior da juventude e dos primeiros anos da vida adulta ter se tornado menos importante. Embora muitas coisas que não estejam estritamente centradas em facilitar a individuação, no sentido junguiano, possam ocorrer dentro da análise - por exemplo, a solução de problemas ou a simples compreensão empática - o objetivo mais alto da análise é, contudo, dar continuidade ao processo de individuação do paciente através da análise e da experiência dos símbolos e das figuras arquetípicas nos sonhos, de visões, da imaginação ativa e da vida cotidiana. Para começar: - "Adaptação, individuação e coletividade", OC 18/2, §1084-1106 - "Consciência, inconsciente e individuação", OC 9/1 , §489-524 Para aprofundar: - "Estudo empírico do processo de individuação", OC 9/1 , §525-626 - "O simbolismo da mandala" , OC 9/1 , § 627-712 - "O símbolo da transformação na missa", OC 11/3, especialmente parte IV, "Psicologia da Missa", §376-448 Obras Relacionadas - "Presente e Futuro", OC 10/1, §488-588. Texto adaptado de Guia para Obra Completa de C.G.Jung - Robert H. Hopcke

  • Cursos e Palestras

    Biblioteca & Pesquisa Digital PALESTRAS : HIPNOSE CLÍNICA - DIMINUINDO A ANSIEDADE DOS PACIENTES Coordenador: Prof. Marcelo Martins Moreira (Cirurgião-Dentista Buco Maxilo Facial , Hipnólogo e Psicoterapeuta Junguiano) Natureza: Teórica/Demonstrativa Duração: 03 horas Data: a combinar HIPNOSE NA ODONTOLOGIA - ESTRATÉGIAS PARA UM ATENDIMENTO HUMANIZADO Coordenador: Prof. Marcelo Martins Moreira (Cirurgião-Dentista Buco Maxilo Facial , Especialista em Medicina Comportamental, Hipnólogo e Psicoterapeuta Junguiano) Natureza: Teórica/Demonstrativa Duração: até 03 horas Data: a combinar HIPNOSE PARA SAÚDE - UMA ABORDAGEM HOLÍSTICA (Diminuindo Stress e Ansiedade de Pacientes e Profissionais) Coordenador: Prof. Marcelo Martins Moreira (Cirurgião-Dentista Buco Maxilo Facial , Especialista em Medicina Comportamental, Hipnólogo e Psicoterapeuta Junguiano) Natureza: Teórica/Demonstrativa Duração: até 03 horas - noturno Data: a combinar CURSOS DE APERFEIÇOAMENTO : HIPNOSE CLÍNICA - DESSENSIBILIZANDO SEUS PACIENTES MÓDULO 1, 2 E AVANÇADO Coordenador: Prof. Marcelo Martins Moreira (Hipnólogo pela Sociedade Brasileira de Psicanálise Integrativa) Natureza: Teórica/Demonstrativa Duração: 72 horas - a combinar Objetivo/Conteúdo Programático: Atualização do profissional da área de saúde e terapeutas naturalistas quanto à aplicação da hipnose em sua especialidade, como modalidade de apoio nos procedimentos convencionais da sua área. CURSO DE APERFEIÇOAMENTO: Hipnose Transcendental: Uma Abordagem Integrada para o Bem-Estar ( Filosofia & Auto Hipnose - Caminhos para a Transformação Interior ) Coordenador: Prof. Marcelo Martins Moreira (Hipnólogo pela Sociedade Brasileira de Psicanálise Integrativa) Natureza: Teórica/Demonstrativa Duração: 72 horas - a combinar Solicite maiores informações: email: marcelomartinsmoreira@gmail.com

  • biblioteca P-T | MindStream

    Biblioteca & Pesquisa Digital Share P - R S - T Pierre Hadot - A Cidadela Interior ( em espanhol ) SIMONE WEIL - L’enracinement - Attente de Dieu Pierre Bourdieu - Meditações Pascalianas - A Miséria do Mundo - A Dominação Masculina - A Economia das Trocas Linguísticas - A Economia das Trocas Simbólicas - Coisas Ditas - Escritos de Educação - Homo Academicus - Lições da Aula - O Poder Simbólico - Os Usos Sociais da Ciência - Questões de Sociologia - Sociologia Platão - As Leis - Teeteto e Crátilo - Górgias - Laques Søren Kierkegaard - O Conceito de Angústia - O Conceito de Ironia - O Matrimônio - Kierkegaard em 90 minutos - Kierkegaard - Os Pensadores (Temor e Tremor, O Desespero Humano e Diário de um Sedutor) STENDHAL ( Henri-Marie Beyle) - O Vermelho e o Negro - Aula Prof. Clóvis de Barros TUCÍDIDES - História da Guerra no Peloponeso Terrence McKenna - O Alimento dos Deuses - Alucinações Reais TONY JUDT - Pensando o século XX - Pós Guerra - O Peso da Responsabilidade - Quando os Fatos Mudam

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