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- Hipnose Transcendental?
Hipnose Clínica - Hipnose Ericksoniana , Psicoterapia Junguiana, Psicanálise, Atendimentos Individualizados, Palestras e Cursos em Reengenharia Humana, Filosofia e Equilíbrio Emocional. O que é hipnose clínica? A hipnose clínica é uma técnica terapêutica que utiliza o estado de hipnose para promover mudanças positivas na vida das pessoas. O estado de hipnose é um estado de consciência focalizada e atenção seletiva, caracterizado por uma maior capacidade de resposta à sugestão. Na hipnose clínica, o paciente é conduzido pelo terapeuta a um estado de relaxamento e concentração, no qual ele se torna mais receptivo às sugestões do terapeuta. Essas sugestões podem ser utilizadas para acessar o inconsciente, onde estão armazenadas as memórias, emoções e crenças que influenciam nosso comportamento. As aplicações da hipnose clínica na moderna psicoterapia são diversas, incluindo: Tratamento de transtornos mentais: a hipnose pode ser eficaz no tratamento de diversos transtornos mentais, como ansiedade, depressão, fobias, estresse pós-traumático e transtornos alimentares. Alívio da dor: a hipnose pode ser utilizada para reduzir a dor física, seja ela aguda ou crônica. Melhoria do desempenho: a hipnose pode ser utilizada para melhorar o desempenho em atividades físicas, acadêmicas ou profissionais. Autoconhecimento: a hipnose pode ser utilizada para promover o autoconhecimento e o desenvolvimento pessoal. A hipnose clínica é uma ferramenta eficaz e segura, que pode ser utilizada para promover mudanças positivas na vida das pessoas. No entanto, é importante ressaltar que a hipnose não é uma panaceia e deve ser utilizada sob a orientação de um profissional qualificado. O que acontece durante a hipnose clínica? Durante a hipnose clínica, o paciente é conduzido pelo terapeuta a um estado de relaxamento e concentração. O terapeuta pode utilizar diferentes técnicas para induzir o estado de hipnose, como: Sugestão verbal: o terapeuta utiliza palavras e frases para guiar o paciente a um estado de relaxamento e concentração. Imagens: o terapeuta pode utilizar imagens ou metáforas para ajudar o paciente a relaxar e se concentrar. Toque: o terapeuta pode utilizar o toque para ajudar o paciente a relaxar e se concentrar. Uma vez que o paciente atinge o estado de hipnose, o terapeuta pode utilizar as sugestões para acessar o inconsciente e promover mudanças positivas na vida do paciente. Como a hipnose clínica funciona? A hipnose clínica funciona por meio da amplificação da atenção e da concentração. No estado de hipnose, o paciente fica mais focado no momento presente e mais receptivo às sugestões do terapeuta. As sugestões do terapeuta podem ser utilizadas para acessar o inconsciente, onde estão armazenadas as memórias, emoções e crenças que influenciam nosso comportamento. Ao acessar essas informações, o paciente pode trabalhar nelas para promover mudanças positivas em sua vida. A hipnose clínica é segura? A hipnose clínica é uma ferramenta segura e eficaz. No entanto, é importante ressaltar que a hipnose não é uma panaceia e deve ser utilizada sob a orientação de um profissional qualificado. O terapeuta deve ser um profissional formado em hipnose clínica e com experiência no tratamento de transtornos mentais ou outros problemas que possam ser tratados com hipnose. Quem pode se beneficiar da hipnose clínica? A hipnose clínica pode ser benéfica para pessoas que sofrem de diversos transtornos mentais ou outros problemas, incluindo: Ansiedade: a hipnose pode ser eficaz no tratamento de diversos transtornos de ansiedade, como transtorno de ansiedade generalizada, transtorno do pânico e fobias. Depressão: a hipnose pode ser eficaz no tratamento da depressão, principalmente quando combinada com outros tratamentos, como a terapia cognitivo-comportamental. Estresse pós-traumático: a hipnose pode ser eficaz no tratamento do estresse pós-traumático, ajudando o paciente a lidar com as memórias e emoções traumáticas. Transtornos alimentares: a hipnose pode ser eficaz no tratamento de transtornos alimentares, como anorexia nervosa, bulimia nervosa e compulsão alimentar. Alívio da dor: a hipnose pode ser eficaz no alívio da dor física, seja ela aguda ou crônica. Melhoria do desempenho: a hipnose pode ser utilizada para melhorar o desempenho em atividades físicas, acadêmicas ou profissionais. Autoconhecimento: a hipnose pode ser utilizada para promover o autoconhecimento e o desenvolvimento pessoal. Se você está pensando em utilizar a hipnose clínica, é importante consultar um profissional qualificado para avaliar se a hipnose é a melhor opção para você.
- MindStream - O Elo Perdido
Biblioteca Digital & Serviço de Pesquisa O Elo Perdido - A Estranha Conexão entre a Mente Humana e a Física Quântica
- Complexos
Biblioteca Digital & Serviço de Pesquisa Complexos O conceito de complexo está estreitamente ligado ao conceito de arquétipo e de inconsciente coletivo de Jung, que ele formulou com base em evidência empírica, na qual encontrou um pouco menos controvérsia. Enquanto trabalhava no Hospital Burgholzli, em Zurique, ainda jovem, ele empreendeu o desenvolvimento de uma tese de associação de palavras como meio de detectar as raízes inconscientes da doença mental. De modelo extremamente simples, o teste consistia em apresentar ao sujeito do teste uma palavra e solicitar dele uma resposta verbal espontânea à palavra. O Exame das respostas do sujeito, tanto verbais como não verbais, parecia indicar o que Jung chamava primeiramente de 'complexos com carga emocional' ( OC 2 §167, n. 42 ) e mais tarde de 'complexo de ideias com carga emocional' ( OC 2 §733 ), que impediram o curso normal da associação de palavras e que estiveram claramente relacionados com a patologia do paciente. Esses complexos de carga emocional, mais tarde simplesmente chamados de complexos, consistem, no ponto de vista de Jung, de dois componentes: o grupo de representações psíquicas e o sentimento característico ligado a esse grupo de representações. Complexos podem ser inconscientes - reprimidos por causa da sensação dolorosa do afeto relacionado ou da inaceitabilidade das representações -, mas complexos também podem se tornar conscientes e, em última análise, parcialmente resolvidos. Qualquer complexo possui elementos relacionados com o inconsciente pessoal como também com o inconsciente coletivo. Um distúrbio no relacionamento com a própria mãe, por exemplo, pode resultar num complexo materno, isto é, um grupo de representações conscientes e inconscientes da 'mãe' com uma carga emocional específica ligada ao grupo de imagens da mãe. No entanto, o arquétipo de 'mãe' preexistente no inconsciente coletivo, comum a toda experiência humana, pode aumentar, distorcer ou modificar tanto a carga sentimental quanto o aspecto representacional do complexo de mãe dentro da própria psique. Como os arquétipos, os complexos são potencialmente tanto positivos como negativos. O conhecimento consciente do objetivo e do afeto de um complexo pode servir para modificar suas consequências negativas, quando um estímulo particular constela o complexo, isto é, ativa as imagens e sentimentos que circundam o complexo no interior de um indivíduo. Todos os complexos têm um componente arquetípico, tornando-os, nos termos de Jung, a via regia para o inconsciente pessoal e coletivo ( OC 8, §210 ). Ao dar imagem a esse conceito de complexo, poder-se ia dizer que o complexo é como uma planta: parte dela existe e floresce acima do solo, na consciência, e parte dela se estende invisível por baixo do solo, onde está ancorada e se alimenta, fora da consciência. Para começar: - "Psicanálise e o experimento de associações", OC 2, §660-727 - "O diagnóstico psicológico da ocorrência", OC 2, § 728-792 - " A importância psicopatológica do experimento de associações", OC 2 , §863-917 - "Considerações gerais sobre a teoria dos complexos", OC 8/2 , §194-219 Para aprofundar: - "Associação, sonho e sintoma do sistema histérico", OC 2, §793-862 - "A constelação familiar", OC 2, §999-1014 - "Os fundamentos psicológicos da crença nos espíritos", OC 8/2 , §570-600 Obras relacionadas: - "Considerações teóricas sobre a natureza do psíquico", OC 8/2 , § 343-442 - "A Energia Psíquica", OC 8/1 , §1-130 - " Aspectos psicológicos do arquétipo materno", OC 9/1 , §148-198. Fontes Secundárias - "Complexo, arquétipo e símbolo na psicologia de C.G.Jung" - JACOBI, J. São Paulo: Cultrix, 1995. Texto adaptado de Guia para Obra Completa de C.G.Jung - Robert H. Hopcke
- Sincronicidades
Reengenharia Humana & Desenvolvimento Pessoal Sincronicidades "Os fenômenos sincronísticos são a prova da presença simultânea de equivalências significativas em processos heterogêneos sem ligação causal; em outros termos, eles provam que um conteúdo percebido pelo observador pode ser representado, ao mesmo tempo, por um acontecimento exterior, sem nenhuma conexão causal. Daí se conclui: ou que a psique não pode ser localizada espacialmente, ou que o espaço é psiquicamente relativo." Carl Gustav Jung, Sincronicidades, OC, Vol. 8/3, § 986 - Os fenômenos sincronísticos são a prova da presença simultânea de equivalências significativas em processos heterogêneos sem ligação causal - Fenômenos Sincronísticos: Jung introduziu o conceito de sincronicidade para descrever eventos que ocorrem juntos de forma significativa, mas sem uma relação de causa e efeito aparente. Não se trata de coincidência aleatória, mas de uma conexão que tem um sentido profundo para o indivíduo que a experiência. Equivalências Significativas: Refere-se à correspondência de sentido entre um evento interno (como um pensamento, sentimento, sonho ou premonição) e um evento externo. Essa correspondência não é fortuita, mas carrega um significado particular para o observador, criando uma sensação de 'conexão' ou 'alinhamento'. Processos Heterogêneos sem ligação causal: Significa que os eventos envolvidos na sincronicidade são de naturezas diferentes (por exemplo, um pensamento e um evento físico) e não estão ligados por uma relação de causa e efeito linear. Um não provoca o outro no sentido tradicional da física. A conexão é de significado, não de causalidade. Em outros termos, eles provam que um conteúdo percebido pelo observador pode ser representado, ao mesmo tempo, por um acontecimento exterior, sem nenhuma conexão causal. Conteúdo percebido pelo observador: Isso se refere a um estado psíquico interno do indivíduo – pode ser um pensamento, uma emoção intensa, uma imagem mental, um sonho, ou até mesmo uma premonição. É algo que está na consciência ou no inconsciente do observador. Representado, ao mesmo tempo, por um acontecimento exterior: Significa que, no exato momento em que o conteúdo interno é experienciado, um evento no mundo externo ocorre e espelha ou simboliza esse conteúdo interno. A simultaneidade é crucial aqui. Não é que o evento externo cause o conteúdo interno, nem vice-versa; eles simplesmente acontecem juntos, e essa coincidência é carregada de significado. Sem nenhuma conexão causal: Reforça a ideia central da sincronicidade: aausência de uma relação de causa e efeito direta. A ligação entre o evento interno e o externo não é mecânica ou linear, mas sim de sentido, de significado. É comose o universo estivesse 'respondendo' ou 'refletindo' o estado interno doindivíduo de uma forma simbólica. Daí se conclui: ou que a psique não pode ser localizada espacialmente, ou que o espaço é psiquicamente relativo.' Implicações da Sincronicidade: Se eventos internos e externos podem se alinhar significativamente sem causalidade, isso desafia nossa compreensão convencional de tempo e espaço. Jung propõe duas possibilidades: 1- A psique não pode ser localizada espacialmente: Se a psique (a mente, a alma, o inconsciente) pode se manifestar ou se conectar com eventos externos em qualquer lugar, isso sugere que ela não está restrita a um ponto específico no espaço (como o cérebro, por exemplo). Ela transcende as limitações espaciais que normalmente atribuímos à matéria. 2- O espaço é psiquicamente relativo: Alternativamente, a sincronicidade pode indicar que o espaço, como o percebemos, não é uma entidade absoluta e fixa, mas pode ser influenciado ou moldado pela psique. Isso significa que a realidade espacial pode ser mais fluida e interconectada com a experiência subjetiva do que se supõe, permitindo que eventos distantes no espaço se conectem por meio de um significado compartilhado, em vez de proximidade física. Em essência, a sincronicidade sugere uma realidade onde a mente e o mundo externo estão intrinsecamente ligados por um princípio de significado, desafiando as fronteiras da causalidade linear e da localização espacial.
- Hipnose Transcendental
Filosofia - Educação - Conhecimento O Lado Sério da Hipnose A ciência explica como a técnica tem ajudado pacientes a deixar de fumar, perder peso, combater estresse e tratar dores crônicas. A psicóloga Lina Schlachter ouve gritos vindos da emergência do centro médico da Universidade de Tennessee, nos Estados Unidos, e se apressa. No corredor do setor de traumas, depara-se com um mecânico de 42 anos urrando de dor. Ele teve a perna direita destroçada após um acidente em uma das fábricas da região e está imobilizado, suando muito. Após encontrar com Lina, pouco a pouco, os gritos do paciente se transformam em gemidos, cada vez mais baixos. Dez minutos depois, ele relata que a dor, antes insuportável, não o incomoda mais. No lugar, diz haver apenas um formigamento. Tudo isso, sem nenhum sedativo. A cearense Lina, doutora em psicologia clínica pela Universidade do Tennessee, não faz mágica. “Foram exercícios de respiração e uma série de sugestões para que ele se concentrasse, pensasse no lugar de que mais gosta de passear e começasse a relaxar”, diz. O caso do acidente, apresentado em uma conferência médica nos Estados Unidos em 2008, é um exemplo de como a medicina tradicional tem se aliado a certas técnicas de hipnose para combater diversos problemas de saúde. Ele se soma a uma série de pesquisas publicadas em alguns dos periódicos científicos mais rigorosos do mundo, como Science, The Lancet e Proceedings of the National Academy. E o que esses estudos afirmam? Que dá, sim, para tratar dores crônicas, insônia, enxaqueca, obesidade, vícios, fobias, doenças de pele, entre outros males, com hipnose. Mas não é aquela hipnose de estalar dedos e fazer com que o problema desapareça. São sessões com método definido, em tratamentos que podem levar meses. Não à toa, há cada vez mais cientistas e pesquisadores “hipnotizados” pelo tema. O número de estudos publicados por ano sobre o assunto cresceu 50% na última década, chegando a 280 só em 2009 (último ano com números fechados), segundo o banco de dados científico Pubmed. Entre as pesquisas recentes, destaca-se levantamento com 124 mulheres realizado em 2010 na Universidade de Stanford que constatou que a prática da hipnose pode atenuar o sofrimento de pacientes com câncer de mama. Outro trabalho, feito em 2008 na Universidade da Califórnia, avaliou fumantes que usaram a técnica para largar o cigarro — o grupo de hipnotizados teve 50% mais sucesso no tratamento em relação ao outro time. Quem hipnotiza hoje não são showmen com ar sombrio, jeito de ilusionista e papo de charlatão. Os novos hipnotizadores têm diploma de médico, psicólogo ou dentista, e preferem ser chamados de hipnólogos. Não se encontram em programas de variedades, mas em locais como o Hospital das Clínicas, o A.C. Camargo e o São Camilo, todos em São Paulo, além de clínicas médicas renomadas. “A prática vem crescendo bastante no Brasil, principalmente contra problemas de somatização, quando uma doença se manifesta ou se agrava por causa de algum distúrbio emocional. Os conselhos federais de medicina, psicologia, odontologia e fisioterapia já a aprovam”, diz a psicóloga Miriam Pontes, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Hipnose, que conta com 2 mil profissionais associados em todo o Brasil. BISTURI SEM ANESTESIA > Ao saber que teria de arrancar um nódulo mamário no seio, a diarista Andreia Peres Maranhão, 34 anos, ficou com medo de não conseguir mais amamentar. Ela havia acabado de ter um bebê e, com o efeito dos anestésicos, o leite poderia ser comprometido. Quando a anestesista Cristiane Hikiji lhe contou sobre a possibilidade de realizar anestesia por hipnose, Andreia decidiu experimentar. Foram 12 sessões preparatórias até a cirurgia. “Já tinha tirado outro tumor no seio e foi difícil recuperar, mas com a hipnose foi rapidinho, não doeu em nenhum momento” COMO FUNCIONA Olhe fixamente nos meus olhos e esqueça toda aquela ideia de pêndulo, comer cebola achando que é maçã, cocoricar feito um galo e outras pirotecnias. Cientificamente falando, a hipnose é um estado em que a percepção, a memória e as ações de alguém podem ser alteradas por sugestão de outra pessoa. Alguns têm facilidade imensa em serem hipnotizados; outros, raramente conseguem. “O indivíduo fica consciente, mas o cérebro temporariamente suprime as tentativas de confirmar as informações vindas dos sentidos. O senso crítico baixa e há uma atenção maior no que o hipnotizador sugere”, diz Osmar Colás, coordenador do Grupo de Estudos da Hipnose da Escola Paulista de Medicina. Trabalhada adequadamente, essa hiperatenção pode, por exemplo, fazer com que a gente ignore sensações enviadas pelo corpo. É como um jogador de futebol quando sofre uma pancada forte na perna durante a final do campeonato, mas continua jogando, só sentindo a dor depois do término da partida. No cérebro, já descobrimos algumas das regiões onde esse fenômeno ocorre. Estudos com neuroimagens mostram que o giro do cíngulo anterior direito, uma área responsável por levar informações dos sentidos até a nossa parte racional, é atingido pela hipnose. “A sugestão chega a essa região intermediária, que é quem vai decidir para onde vai a atenção, como se inoculasse um pensamento na cabeça da pessoa”, diz Mohamad Bazzi, médico brasileiro que estuda hipnose há duas décadas. É ali que pesquisadores acreditam que a “autentificação” falha. Foi provavelmente o que aconteceu com o mecânico citado no começo desta reportagem quando, após as repetidas sugestões, deixou de se focar na informação de dor da perna destroçada. O caso dele, no entanto, não é regra: apenas 10% da população mundial é altamente suscetível à hipnose (veja como isso é medido no quadro abaixo). Para pessoas menos passíveis, leva-se tempo até chegar a um transe profundo — e, ainda assim, não há garantia de que ela consiga atingir esse estado. A diarista Andreia Peres Maranhão, 34 anos, por exemplo, precisou passar por 12 sessões durante um mês até estar pronta para uma cirurgia de retirada de um nódulo mamário, feita em transe hipnótico. “Já tinha tido uma experiência ruim com anestesia antes e estava amamentando [a amamentação teria de ser interrompida por conta do uso do sedativo]”, diz. Durante as sessões, a anestesista Cristiane Hikiji Nogueira fazia com que Andreia treinasse seu cérebro a desviar a dor. No começo, girava uma caneta em frente aos olhos da paciente, que começava a relaxar. Então, passava a espetar Andreia com agulhas finas e dizia que aquela região não seria mais sentida. Nas sessões seguintes, conforme ela ia conseguindo ignorar a dor, o diâmetro das agulhas aumentava até se aproximar do tamanho que seria equivalente ao bisturi. Os anestésicos tradicionais também foram preparados na operação, para o caso de emergências, mas se mostraram desnecessários. “Já fiz mais de 30 cirurgias só com hipnose e nunca tive problemas”, afirma Cristiane, que hipnotizou Andreia no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto. Como toda essa preparação é demorada, a hipnose na maioria das vezes acaba sendo a segunda opção, usada principalmente quando o paciente tem pavor ou alergia à anestesia. Também é possível juntar as duas coisas: hipnose e anestésicos. Foi o que fez a professora paulistana Gabriela Talarico, 32 anos, ao retirar dois dentes do siso. Gabriela, que tinha medo demais de anestesia, estava em pânico quando chegou ao consultório do dentista Marcelo Martins. Com repetidas sugestões de relaxamento, Martins fez Gabriela entrar em transe, ficando menos suscetível às reações de dor, e administrou apenas um terço da quantidade normal de anestésico. “Como não houve preparação, a hipnose não foi tão profunda, mas foi o suficiente para acalmá-la e obter melhorias de cicatrização e de controle de sangramento”, afirma. No Centro de Dor do Hospital das Clínicas de São Paulo, técnicas mais longas são ensinadas para lidar com dores crônicas como enxaqueca e fibromialgia. “Ensinamos exercícios de auto-hipnose para que os pacientes repitam em suas casas”, diz Adriana Loduca, psicóloga do hospital. Uma das técnicas começa com exercícios de respiração em seis etapas e depois evolui para concentração em algum tipo de imagem, para que o cérebro se desvie da dor. TERAPIA CONTRA O FUMO > Acostumado a fumar um maço de cigarros por dia, o auxiliar de enfermagem Anderson Soares da Silva, 34 , tentou usar adesivos e remédios para parar. "Ficava irritado demais.” Ele se livrou do vício no fim de 2009, quando experimentou a hipnose aliada à psicoterapia por três meses. Nas sessões, o médico Luiz Velloso pedia para que ele imaginasse o cheiro forte do cigarro na sala vazia até se tornar algo incômodo. Depois, sugeria imagens de praias paradisíacas e mensagens metafóricas para reforçar sua força de vontade em largar o fumo. “Nunca mais senti vontade”, afirma. A CIÊNCIA DA HIPNOSE Apesar de impressionantes, exemplos desse tipo eram antes encarados com ceticismo por acadêmicos. Como provar que não se tratava de efeito placebo, ou que alguns desses casos não eram forjados? A maior parte dessas dúvidas caiu em 1998, quando os cientistas com Ph.D. Stephen Kosslyn, da Universidade de Harvard, e David Spiegel, de Stanford, usaram o PET (tomografia por emissão de pósitrons, um exame de imagem sofisticado) para “fotografar” a hipnose. Eles sugestionaram indivíduos a enxergarem cores em um painel preto e branco e constataram que os cérebros agiam como se realmente existissem cartazes coloridos na frente. “O fluxo sanguíneo no cérebro repetiu o padrão de quando a pessoa enxerga colorido. Ou seja, o cérebro estava realmente ‘vendo’ aquilo”, diz Spiegel, que estuda hipnose desde os anos 1970. Considerado um divisor de águas, o estudo gera frutos até hoje. Tanto que, em 2010, o pesquisador Devin Terhune, de Oxford, usou um princípio parecido para mostrar como a hipnose poderia ser usada para um feito antes tido como impossível: reverter a sinestesia. A doença rara leva a uma confusão de sentidos no cérebro, como, por exemplo, enxergar imagens inexistentes ao ouvir determinados sons. No caso da voluntária tratada pelo experimento, cores fortes surgiam no seu cérebro todas as vezes em que ela via um rosto. Induzindo o transe, Terhune desviou o “caminho cerebral” durante o fenômeno fazendo com que ela ignorasse as cores que apareceriam em sua mente. Um eletroencefalograma confirmou o efeito. “Ela relatou que não tinha mais espasmos de cor ao ver faces e, ao mesmo tempo, a área ligada à confusão mental no cérebro reduziu sua atividade elétrica”, afirma Terhune. O pesquisador ressalva que tudo isso só funcionou porque a voluntária era altamente hipnotizável. RETIRADA DE SISO DURANTE O TRANSE > Toda vez que ouvia falar em anestesia no dentista, a professora Gabriela Talarico, 32 anos, sentia a espinha arrepiar. Quando soube que teria que arrancar dois sisos, não conseguiu disfarçar a tensão. Para acalmá-la, o odontologista Marcelo Martins pediu para fazer alguns exercícios de hipnose e teve uma resposta positiva. “Não doeu nada na hora ou depois", diz Gabriela. "Senti uma calma fora do comum.” As sugestões hipnóticas, segundo Martins, ainda fizeram a cicatrização ser três dias mais rápida e potencializaram o efeito do anestésico, usado em um terço da quantidade habitual PSICOLOGIA A MAIS Atacar a dor é o efeito mais conhecido dessa reorganização mental, mas está longe de ser o único. A maior parte das possibilidades está na área de distúrbios psicossomáticos e comportamentais. Males como insônia, fobias, hipertensão e obesidade muitas vezes estão bastante relacionados a fatores psicológicos. É nesses casos — e não em todos — que a hipnose pode dar uma boa ajuda. Foi o que mostrou em 1995 Irving Kirsch, um dos maiores especialistas em hipnose clínica do mundo e Ph.D. em psicologia pela University of Southern California. Em uma grande revisão de estudos, Kirsch constatou que a prática melhorava, em 70% dos casos, os efeitos positivos das terapias baseadas em psicologia cognitivo-comportamental, que é a forma mais popular e difundida de tratamento para esses problemas. A relações-públicas Simone Araújo, 35 anos, comprovou esse benefício. Ela sofre de dermatite atópica, uma doença incurável que provoca descamação, coceira e manchas avermelhadas pelo corpo, e que piora em momentos de estresse. Após tentar uma série de tratamentos e tomar dezenas de remédios, ela conseguiu uma grande melhoria do problema usando hipnose aliada à psicoterapia. “Era minha última esperança. Antes, estava difícil até mesmo abraçar meus filhos porque eu sentia muita dor com a pele machucada. Hoje abraço, beijo e levo até beliscão”, diz Simone. Ela trabalhou sua ansiedade nas sessões de hipnose. Fazia uma série de exercícios de respiração que estimulavam o seu relaxamento até entrar em transe. Esse estado era realçado por instruções para imaginar situações de tranquilidade. “Amenizava a ansiedade, era como uma boa noite de sono. Sentia uma melhora grande até a próxima sessão.” O humor de Simone melhorava e, depois do segundo mês, as manchas também. Se ajuda na parte psicológica, a hipnose também tem efeito contra vícios como o tabaco e pode ser usada contra transtornos obsessivos compulsivos. Para o auxiliar de enfermagem Anderson Soares da Silva, 34 anos, a hipnose foi o componente que faltava em seus tratamentos. Antes, ele havia tentado largar o cigarro com adesivos e até antidepressivos, mas ficava no máximo dois dias sem fumar. “Só deu certo quando juntei hipnose a outros remédios. Foi um processo de dois a três meses até conseguir parar definitivamente”, diz Anderson Soares, que conta um ano sem cigarros. SEM ESTRESSE > Logo depois que terminou a faculdade, a publicitária carioca Fabríssia Lima, de 23 anos, passou a enfrentar crises de ansiedade devido às pressões do trabalho. “Sentia muita angústia, ficava asfixiada, não conseguia frequentar lugares fechados, nem andar de metrô.” Por sugestão de uma conhecida, procurou a psicóloga Miriam Pontes para tentar dar uma aliviada no estresse e na tensão. Em menos de quatro meses, com uma sessão de hipnose por semana, Fabríssia notou grandes melhorias no humor e na sua capacidade de concentração PERDER PESO Imagine se alguém lhe dissesse que, para emagrecer, não seria necessário fazer cirurgia de estômago, mas apenas fingir ter feito uma? Pois é mais ou menos esse o tratamento já vendido a 500 pacientes por cerca de R$ 3.400 na clínica de hipnose Elite, em Málaga, Espanha. A terapia também diz usar esse efeito psicológico da hipnose. “O paciente é sugestionado a pensar que passou por uma cirurgia de redução de estômago”, diz o hipnólogo espanhol Martin Shirran, sócio da empresa. Para aumentar o poder de persuasão, é armada uma espécie de teatrinho, simulando no ambiente cheiro, tato e sons típicos de um procedimento em uma sala de cirurgia. No final, diz Shirran, o paciente fica com uma imagem no inconsciente de que o estômago está menor, uma espécie de alucinação, e sente que não suporta muita comida. O tratamento virou febre no Reino Unido depois de ter sido usado pela cantora Lily Allen e pela ex-Spice Girl Geri Halliwell. O arquiteto Felipe Caribe diz ter obtido sucesso com uma experiência parecida em Curitiba. Após várias outras tentativas, ele diz ter emagrecido 14 quilos em três meses de sessões de psicoterapia somadas à hipnose. “Fui sugestionado a sentir que existe um balão inflado dentro do meu estômago que me impede de comer muito”, diz Caribe, que ainda tem 103 quilos e 1,80 m. Apesar da ideia extravagante, há estudos sérios mostrando que a hipnose pode, sim, em casos relacionados à ansiedade, ajudar na redução de peso — embora nenhum cite esse tipo de “cirurgia hipnótica”. FUTURO DAS PESQUISAS Um dos próximos passos da ciência da hipnose se aproxima um pouco do teatrinho da clínica espanhola. Há um grupo de cientistas ingleses da Universidade de Greenwich estudando como um ambiente de realidade virtual pode potencializar os efeitos da prática. Outra frente de pesquisadores tenta entender as características genéticas que levam algumas pessoas a serem mais hipnotizáveis que outras. Pelo menos quatro estudos já mostraram que um gene chamado COMT está relacionado à suscetibilidade, mas sua ação exata ainda não é totalmente compreendida. Há também vários grupos de estudo que desejam simular doenças por meio de hipnose para entendê-las melhor. Um dos líderes dessa corrente é o britânico David Oakley, Ph.D. em psicologia clínica e professor da University College London. Ele publicou uma revisão de iniciativas na área em 2009, em que reúne experimentos nos quais pessoas são hipnotizadas para sentir alucinações auditivas, calor e tipos diferentes de dor, fazendo com que o cérebro simule algo imaginário. Esses estados cerebrais induzidos poderiam ser usados em um ambiente controlado para entender melhor como algumas doenças afetam as pessoas. Uma que já está sendo pesquisada é o transtorno de conversão, que pode gerar paralisia, cegueira e dificuldades motoras. Outros estudos interessantes são desenvolvidos pelo neurocientista israelense Avi Mendelsohn, que mostrou como o cérebro de pessoas suscetíveis ao esquecimento após a hipnose (10% da população) pode bloquear a ativação da memória. Seus estudos também apontam a possibilidade de criar lembranças falsas. “No futuro acredito que muitos poderão usar a hipnose para bloquear as memórias que estão perturbando suas vidas, ou ao menos suprimir emoções ruins ligadas a essas recordações”, afirma. Texto Original Adaptado: http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI198264-17773,00-O+LADO+SERIO+DA+HIPNOSE.html
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Biblioteca & Pesquisa Digital A - C ADAM SCHAFF - História e Verdade AGNES HELLER - O Cotidiano e a História - Aristoteles y el mundo antiguo D - E DAN BROWN - O Símbolo Perdido - A Origem DANTE ALIGHIERI - A Divina Comédia AGOSTINHO DE HIPONA - Agostinho - Filme Completo - Soberba - Comentário ao Gênesis ALAIN DE BOTTON - Religião para Ateus - Como Proust pode salvar sua vida ALBERT CAMUS - A Peste - A Queda - Núpcias, o verão - O Mito de Sísifo - O Estrangeiro - O Homem Revoltado DAVID GROSSMAN - Fora do Tempo DANIEL DENNETT - Tipos de Mentes DAVID HUME - Tratado da Natureza Humana - História Natural da Religião DIOGENES LAERCIO - Vida de Epicuro - Vida dos Filósofos Mais Ilustres ALEXANDRE KOJEVE - Introdução à Leitura de Hegel ALFRED NORTH WHITEHEAD - O Conceito de Natureza DOMENICO DE MASI -O Ócio Criativo AMAURI FERREIRA - Introdução à Filosofia de Bergson - Mente e Corpo em Espinosa - Introdução à Filosofia de Spinoza ANDRE COMTE-SPONVILLE - Apresentação da Filosofia - A Felicidade Desesperadamente - Pequeno Tratado das Grandes Virtudes - Bom Dia Angústia ANDREW SOLOMON - O Demônio do Meio-Dia EDWARD SAID -Orientalismo ELIAS CANETTI A língua absolvida ELIZABETH GILBERT - Comer, Rezar e Amar (Livro) - Comer, Rezar e Amar ( filme ) EMIL CIORAN - Silogismo da Amargura ANSELMO DE CANTUÁRIA - Proslógio EMILE DURHEIM - As Formas Elementares da Vida Religiosa ANTONIO DAMASIO - O Erro de Descartes ARISTÓFANES - A Paz - A Revolução das Mulheres - Os Cavaleiros - As Vespas, as aves, as rãs ARISTÓTELES - Metafísica - Moral a Eudemo - Organon - Poética - Fragmentos dos Dialogos e Obras Exortativas - As Partes dos Animais I (Partibus Animalium I) ÉTIENNE GILSON - Introdução às Artes do Belo - A Filosofia na Idade Média - O Espírito da Filosofia Medieval - Evolução da Cidade de Deus Erich Neumann - História da Origem da Consciência Epicuro - Carta a Meneceu (sobre a felicidade) Ernest Cassirer - Substance and Function & Einstein's Theory of Relativity ARTHUR SCHOPPENHAUER - Aforismos para a Sabedoria da Vida ANTONIO MEDINA RODRIGUES - Agir contra o Destino - Café Filosófico BART D. EHRMAN - Cristianismos Perdidos - História da Bíblia - Jesus Existiu ou Não? - O Problema com Deus - O que Jesus disse, O que Jesus não disse? - Quem escreveu a Bíblia? BARUCH SPINOZA - Tratado Teológico Político - Ética à Maneira dos Geômetras - Tratado da Correção do Intelecto BILL BRYSON - Breve história de quase tudo. BRIAN GREENE - O Tecido do Cosmo - Até o Fim do Tempo BLAISE PASCAL - Filme Completo: - Pensamentos ( Coleção Os Pensadores ) - O Homem perante a Natureza - As Provinciais BOÉCIO - A Consolação da Filosofia BYUNG CHUK HAN - A SOCIEDADE DO CANSAÇO CARL SAGAN - Bilhões e Bilhões - O Universo - Roswell - Pálido Ponto Azul - Cérebro de Broca - O Mundo Assombrado pelos Demônios - O Inverno Nuclear - O Ônus do Ceticismo - Contato (Livro) e Filme: CARLO ROVELLI - Sete Breves Lições de Física - A realidade não é o que parece CÍCERO - Da Natureza dos Deuses CHRISTIAN DUNKER - Mal-Estar, Sofrimento e Sintoma - As Transformações no Sofrimento Psíquico CLAUDIO ULPIANO - Cinema do Pensamento - audio1 - C inema do Pensamento - audio2 - Nietzsche - Forças ativas e reativas - audio - Lucrécio: a suprema felicidade - A Vontade Espiritual na Vida Humana - Hábito e Renovação - Lucrécio CLÓVIS DE BARROS FILHO - A Filosofia Explica as Grandes Questões - A Vida que Vale a Pena ser Vivida - Devaneios sobre a atualidade d'O Capital - Tese de Livre Docência - Utilitarismo - Somos Todos Canalhas - Transcrições de Aulas COLEÇÃO 90 MINUTOS - FILOSOFIA - 31 Títulos Completos COLEÇÃO OS PENSADORES - FILOSOFIA - Edição 1984 - 56 livros
- Kenose e Ágape
Biblioteca Digital & Serviço de Pesquisa Kenose e Ágape Ágape é o amor de Deus. Filosoficamente assim como ‘Eros’ é o amor segundo Platão, amor este marcado pelo desejo, pela potência do desejo e na intensidade do desejo. Assim como ‘Philia’ é o amor segundo Aristóteles ou Espinosa, marcado pela presença do objeto amado, pela alegria da sua companhia, Ágape é o amor segundo Yeshua Hamashia (Jesus) e pela filósofa , mística e ativista política francesa do século XX, Simone Weil. Quando ela procura pensar esse amor, ela começa quase sempre citando uma frase do historiador grego Tucídides que escreveu o seguinte: “Em se tratando dos humanos, que sempre, por uma necessidade natural, todo ser tende à dominação, onde quer que suas forças prevaleçam.” Todas as pessoas, todos os seres tenderão ao máximo a exercer ao máximo seu poder, sua força vital, seu conatus. É a lógica do ‘conatus’ de Thomas Hobbes que impera: todo ser tende a perseverar em seu ser, isto é, a existir o mais e o melhor possível. É a lógica da vontade de potência em Nietzsche: sempre e em toda parte, por uma necessidade natural, todo ser tende a afirmar o máximo da sua potência. É a lógica da potência. Também é a lógica da alegria pois para o filósofo holandês Baruch Espinosa a alegria é a passagem para um estado mais potente do próprio ser. É a passagem para uma perfeição maior. E consequentemente para uma realidade mais perfeita. Pois para ele, perfeição e realidade são uma mesma coisa. Ser feliz é existir mais. Assim como ser triste é existir menos, um passo mais perto da morte física. Mas é aí que Simone Weil se separa de Espinosa. A potência e a alegria não podem ser suficientes, pois há no mundo alegrias más e potências injustas. A potência da Rússia quando arrasa a cidade de Kiev e massacra a população civil não é sinônimo de alegria. A alegria do ditador Putin também não pode ser considerada também uma alegria moralmente digna. Simone cita Tucídides (“sempre, por uma necessidade natural, todos comandam onde quer que tenham o poder de fazê-lo”), mas depois acrescenta em substância: salvo quando há o amor em caridade. O que é o amor de Caridade? O que é Ágape? É um amor que renuncia a exercer o máximo da sua potência; é um amor que contraria Tucídides, ou antes, que é exceção, quase super-natural. Deus é justamente esse amor que renuncia a exercer ao máximo sua potência. Se Deus tivesse querido exercer ao máximo sua potência, não teria havido mais que Deus. Tudo seria Deus. Não haveria espaço para nada ser diferente dele. Para que Deus crie outra coisa além dele, ele teve que consentir em não ser tudo. Deus tem de ‘se retirar’, escreve Simone Weil, reencontrando aqui, um velho tema místico judaico, que se chama “tzimtzum”, doutrina do místico judeu do século XVI, Isaac Luria, que preconiza que Deus iniciou o processo de criação contraindo sua Luz Infinita para permitir um "espaço conceitual" no qual reinos aparentemente independentes pudessem existir. Na interpretação da Kabbalah Judaica, tzimtzum dá origem ao paradoxo da presença e ausência divinas simultâneas dentro do vácuo e da Criação que daí resultaram. Os cristãos chamarão de quenose ou exinanição, que é o movimento pelo qual Deus se retira, se esvazia da sua divindade, enfim, renuncia a tudo para que outra coisa possa existir. O quê? O mundo, conosco nele e todas as contingências que advêm disso, incluindo o mal físico, metafísico e moral segundo as categorias de mal elencadas pelo filósofo alemão Leibniz no século XVII. Por isso que existe o mal no mundo, segundo Weil, dando assim uma espécie de solução muito original e profunda ao célebre problema do mal. Se não houvesse o mal no mundo, o mundo seria perfeito, o mundo seria Deus, tudo seria Deus, não haveria mais que Deus, e não haveria mundo. Deus só poderia criar algo que fosse diferente dele. Senão, seria Ele mesmo. Deus não pode criar outra coisa que não seja ele, a não ser que aceite não ser tudo; e, como Deus é todo o bem possível, ele só pode criar o ‘menos bem’ que Ele: Deus só poderia criar o mal. Ideia extremamente assustadora e ao mesmo tempo bela. Muito longe de ser uma prova contra a realidade de Deus, ou em termos vulgares, contra qualquer tipo de ateísmo, revela a Sua verdade. A sua ausência, a sua distância, a sua espera, que é o tempo, posto que vive Ele vive em Eternidade e nós somos presos ao tempo. Revela a verdade que é o seu amor, porém em retirada. A criação é da parte de Deus não um ato de expansão de si, mas de retirada, de renúncia e todas as criaturas são menos do que só Deus. A partir do momento em que Deus se retirou, apareceu uma outra coisa que não é Deus, e portanto bem menos que Deus, que é o mundo, com todas as suas imperfeições, com o mal nele e conosco juntos. Deus aceitou essa diminuição. Ele esvaziou de si uma parte de seu ser. E esse esvaziamento, essa kenose, essa contrição já é um ato de sua divindade e de sua sabedoria. Deus permitiu que existissem coisas que não Ele e que valem infinitamente menos que Ele. Porquê? Por amor. Por amor e para o amor. Deus criou o amor e os meios do amor. Deus no entanto, não carece de nada, não pode existir mais em si mesmo ou passar para uma perfeição maior e superior. Esse amor que se retira não é éros nem philia: é um amor de caridade (ágape). Deus consente em não ser tudo. Ele se retira. O que restou? A ausência de Deus: o mundo, isto é, o mal, como nos ensina outro filósofo alemão Immanuel Kant. O mundo que vemos é mais ou menos quando andamos numa praia, na areia molhada, com a maré baixa: quando o pé se retira, só resta na areia a marca do pé ausente. Pois bem, o mundo é a marca do Deus ausente. É no retraimento e não na manifestação do poder que está a maior grandeza do amor. "Deus absconditus - mysterium tremendum” - O Sagrado - Rudolf Otto Mas não é um amor que quer existir mais, nem afirmar ao máximo sua potência; ao contrário, é um amor de renúncia a exercer sua máxima potência, que consente em existir menos para que outra coisa que não ele possa existir. Amor de Caridade. Amor Àgape. "ho theos agape estin" - Deus é amor Primeira Carta de São João, 4:16 A mais bela formulação dessa ideia foi dada no século XX pelo filósofo alemão Theodor Adorno em sua obra Minima moralia. Adorno escreve o seguinte: “Serás amado quando puderes mostrar a tua fraqueza sem que o outro sirva-se dela para afirmar sua força.” Amor de Caridade - Amor de Ternura - Amor Ágape É isso a caridade: a parte da doçura, um pouco de compaixão, como dizem os orientais, de retirada, como diria Simone Weil, que vem temperar não apenas a violência do amor desejo ou da falta (éros), com a potência e a alegria que sozinhas teriam uma força desproporcional: trata-se de consentir em existir um pouco menos para que o outro possa existir um pouco mais. Pois o eu que ama mais a si mesmo que o outro é egoísta. Retrato da pós-modernidade em que vivemos, as pessoas são narcísicas demais para amar o outro, são prisioneiras da própria imagem, do seu 'euzinho' adorado, apaixonadas pelas ilusões que têm sobre si. Tomás de Aquino já no século XIII distinguia também dois tipos de amor: o amor de concupiscência e o amor de benevolência. O primeiro é o ato de amar o outro para o nosso bem. Já o segundo consiste em amar o outro para o bem dele. Quando se ama verdadeiramente o outro para o bem dele e não mais para o nosso próprio bem. Um amor sem egoísmo, sem possessividade, sem pertencimento, sem fronteiras. Esse é o amor de Deus por nós.
- HT - O que é hipnotismo?
Filosofia - Educação - Conhecimento O que é Hipnotismo? Hipnotismo é a ciência que ensina a influenciar a percepção e o comportamento dos outros por intermédio de dois fatores: as leis da sugestão e o estado conhecido como "transe hipnótico". Três palavras têm significados distintos entre si: hipnotismo, hipnose e hipnologia. "Hipnotismo" refere-se aos métodos conhecidos como 'técnicas de indução', para obtenção de fenômenos hipnóticos. "Hipnose" é o estado mental-físico produzido por uma modificação temporária do sistema nervoso como resultado da técnica de indução. "Hipnologia" é o termo que inclui tudo o que se refere à ciência da compreensão da natureza e da utilidade de todos os estados e fenômenos hipnóticos, bem como dos métodos de indução. O estado de hipnose provocado pelo hipnotismo é caracterizado pelo abandono das faculdades críticas e também pelo pensamento seletivo ou pela sugestão. É tanto uma percepção restrita ( que ignora as distrações ) como aumento de concentração nas idéias para as quais a atenção é atraída pelo hipnotizador. Em resumo, o hipnotizador produz um aumento da capacidade de concentração sem esforço como da capacidade de concentração dirigida. O que é um transe hipnótico? Um 'transe' é uma condição mental-física de uma modificação neurológica temporária, provocada pela estimulação do sistema nervoso simpático ou parassimpático. Um transe não é um estado de 'coma', de sono ou de 'inconsciência'. Não se trata de um estado totalmente consciente nem totalmente inconsciente, mas pode ser melhor descrito como um estado de 'diminuição de consciência'. Esses estados de diminuição de consciência resultam num aumento de sugestionabilidade. Esses estados podem ser produzidos de vários modos, tais como por doenças, por drogas ou por sugestão. Por ser uma situação resultante de uma estimulação de certas áreas do sistema nervoso maior que a usual, um transe pode ser entendido como uma situação também física. No hipnotismo, ele é produzido pela intensificação de emoções, seja do tipo reconfortante ou perturbador, por intermédio de sugestões verbais e visuais. Por conseguinte, há dois tipos de transes que dependendo tipo de emoção estimulada. Um 'transe hipnótico' é um transe provocado por um dos diversos métodos interpessoais conhecidos como induções hipnóticas. Em resumo, um transe produzido por sugestão é chamado de "transe hipnótico". O tipo mais comum de transe hipnótico ou de estado de percepção fora da consciência é induzido pelo hipnotizador que faz sugestões para intensificar as emoções reconfortantes. Como resultado disso, algumas mudanças fisiológicas ocorrem quando uma pessoa experimenta um transe hipnótico. Essas mudanças variam, de acordo com as sugestões feitas pelo hipnotizador, para intensificar as emoções perturbadoras ou reconfortantes. Se o 'transe' for resultado da estimulação do sistema nervoso simpático por meio da intensificação de emoções perturbadoras, é chamado de transe negativo ou ergotrófico. Se resulta da estimulação do sistema nervoso parassimpático pela estimulação de emoções reconfortantes, é chamado de transe positivo ou trofotrópico. Uma pessoa pode ficar aterrorizada ou excitada num transe negativo, do tipo provocado por tambores ou sons repetitivos e por experiências traumáticas. Esses transes negativos são caracterizados por movimentos frenéticos do corpo e uma desorganização mental de forma extrema. Por outro lado, o transe positivo constitui um estado confortável e relaxado. A pessoa é levada a ele de modo suave e calmo. Este é transe positivo utilizado pelos hipnoterapeutas modernos com propósitos benéficos. O transe positivo, por si só, já possui valor terapêutico, não importando quais sugestões sejam dadas.
- HT - Algoritmos e nossas habilidades.
Filosofia - Educação - Conhecimento Algoritmos desgastam nossas habilidades de tomada de decisão? Os algoritmos são diariamente incorporados em nossas vidas tecnológicas, ajudando a realizar uma variedade de tarefas, como garantir que o email chegue à sua tia ou que você seja correspondido a alguém em um site de namoro que goste das mesmas bandas que você. Claro, esse código de computador tem como objetivo tornar nossa vida mais fácil, mas especialistas citados em um novo relatório do Pew Research Center e Imagining the Internet Center da Elon University estão preocupados que os algoritmos também possam nos fazer perder a capacidade de tomar decisões. Afinal, se o software pode fazer isso por nós, por que deveríamos nos incomodar? "Algoritmos são os novos árbitros da tomada de decisão humana em quase qualquer área que possamos imaginar, desde assistir a um filme (reconhecimento de emoções Affectiva) a comprar uma casa (Zillow.com) a carros autônomos (Google)", Barry Chudakov, fundador e diretor da Sertain Research e StreamFuzion Corp., diz no relatório. Mas, apesar dos avanços, os algoritmos podem levar a uma perda no julgamento humano, pois as pessoas se tornam dependentes do software para pensar por elas. Essa é uma das conclusões do relatório. Ele incluiu respostas de 1.300 especialistas em tecnologia, acadêmicos, empresários e líderes governamentais sobre o que as próximas décadas esperam do futuro dos algoritmos. Um dos temas que surgiu foi "a humanidade e o julgamento humano se perdem quando os dados e a modelagem preditiva se tornam primordiais". Muitos entrevistados temem que os seres humanos sejam considerados "insumos" no processo e não seres reais. Além disso, eles dizem que, como os algoritmos assumem responsabilidades humanas e essencialmente começam a se criar, "os humanos podem ficar de fora do circuito". E embora alguns especialistas tenham expressado preocupação, outros deram razões para que os algoritmos fossem uma solução positiva e deveriam expandir seu papel na sociedade. Aqui está uma amostra de opiniões sobre os benefícios e desvantagens dos algoritmos do relatório: Bart Knijnenburg, professor assistente em computação centrada no ser humano na Clemson University: "Meu maior medo é que, a menos que sintonizemos nossos algoritmos para auto atualização, será simplesmente muito conveniente que as pessoas sigam o conselho de um algoritmo (ou, é muito difícil ir além de tais conselhos), transformando esses algoritmos em profecias auto-realizáveis e usuários em zumbis que consomem exclusivamente itens fáceis de consumir. " Rebecca MacKinnon, diretora do projeto Ranking Digital Rights da New America: "Algoritmos impulsionados pelo aprendizado de máquina rapidamente se tornam opacos até mesmo para seus criadores que não entendem mais a lógica que está sendo seguida para tomar certas decisões ou produzir certos resultados. A falta de responsabilidade e completa a opacidade é assustadora. Por outro lado, os algoritmos revolucionaram o relacionamento dos humanos com a informação de maneiras que salvam vidas e fortalecem e continuarão a fazê-lo. " Jason Hong, professor associado da Carnegie Mellon University: "O velho ditado do lixo entra, o lixo ainda se aplica, mas a grande quantidade de dados e a velocidade dos computadores podem dar a falsa impressão de correção. Como um exemplo trivial, existem histórias de pessoas seguindo rigorosamente um GPS de perto e acabando dentro de um rio ". Amali De Silva-Mitchell, uma futurista e consultora: "A modelagem preditiva limitará a auto-expressão individual e, portanto, a inovação e o desenvolvimento. Cultivará uma população alimentada por colher e aqueles na elite serão os inovadores. Haverá uma perda na decisão complexa habilidades de formação das massas ". Marina Gorbis, diretora executiva do Institute for the Future: "Imagine, em vez de digitar palavras de busca e obter uma lista de artigos, apertar um botão e obter um artigo narrativo sobre um tópico específico de interesse. É o equivalente a cada um de nós muitos pesquisadores e outros assistentes ... Os algoritmos também têm o potencial de revelar vieses atuais na contratação, descrições de cargos e outras informações de texto. " Ryan Hayes, proprietário da Fit to Tweet: "A tecnologia vai começar a nos ajudar a não apenas maximizar nossa produtividade, mas a mudar para fazer essas coisas de forma a nos tornar mais felizes, mais saudáveis, menos distraídos, mais seguros, mais pacíficos, etc. será uma tendência muito positiva. Em outras palavras, a tecnologia começará a nos ajudar a sermos humanos novamente, ao invés de nos sobrecarregar com mais abstração ". David Karger, professor de ciência da computação do MIT: "A questão da equidade algorítmica e da discriminação é importante, mas já está sendo considerada. Se queremos algoritmos que não discriminam, seremos capazes de projetar algoritmos que não discriminar." Daniel Berleant, autor de A Raça Humana para o Futuro: "Algoritmos estão menos sujeitos a agendas ocultas do que consultores e gerentes humanos. Portanto, a saída desses algoritmos será mais social e economicamente eficiente, no sentido de que eles estarão mais bem alinhados com seus objetivos pretendidos. Os humanos são muito mais suspeitos em seus conselhos e decisões do que os computadores. " E você? O que acha? Fonte original: https://www.npr.org/sections/alltechconsidered/2017/02/08/514120713/will-algorithms-erode-our-decision-making-skills
- Material de Apoio
Biblioteca Digital & Serviço de Pesquisa Materiais de Apoio aos Alunos A página de materiais de apoio aos alunos é um espaço dedicado a disponibilizar recursos para auxiliar os alunos nos estudos. Aqui, você encontrará filmes, documentários e cursos diversos que podem ser utilizados como complemento às aulas ou para explorar temas de interesse pessoal. Biblioteca A biblioteca reúne uma seleção de livros, artigos e outros materiais de referência que podem ser úteis para pesquisas e trabalhos acadêmicos. Os materiais estão disponíveis para download ou leitura online. Cinemateca A cinemateca apresenta uma seleção de filmes que abordam temas relacionados às aulas. Os filmes estão disponíveis para assistir online ou baixar. Documentários A seção de documentários reúne uma seleção de filmes que documentam temas relevantes para a sociedade. Os documentários estão disponíveis para assistir online ou baixar. Todos os materiais desta página foram encontrados na web e são disponibilizados sem qualquer fim lucrativo. O uso desses materiais é de responsabilidade de cada um. Observações: Os materiais são selecionados de forma a atender às necessidades dos alunos e às diretrizes pedagógicas do curso. Os materiais são atualizados periodicamente para incluir novos recursos. Os alunos são incentivados a sugerir novos materiais para inclusão na página. Como utilizar os materiais Os materiais da página de materiais de apoio aos alunos podem ser utilizados de diversas formas. Os alunos podem: Assistir aos filmes e documentários para aprender sobre novos temas ou aprofundar seus conhecimentos sobre temas abordados nas aulas. Ler os livros e artigos para obter informações e referências para pesquisas e trabalhos acadêmicos. Utilizar os materiais para desenvolver atividades de aprendizagem, como discussões, debates e projetos. Os alunos são incentivados a utilizar os materiais de forma criativa e inovadora para potencializar sua aprendizagem. Os alunos podem utilizar a página de Busca para encontrar os materiais que desejam. A página de Busca permite pesquisar por título, autor, assunto ou palavra-chave. CLIQUE NOS BOTÕES ABAIXO PARA ACESSAR OS MATERIAIS: BIBLIOTECA DOCUMENTÁRIOS CINEMATECA
- Sentimento Oceânico
Biblioteca Digital & Serviço de Pesquisa Sentimento Oceânico O conceito de “sentimento oceânico” foi cunhado pelo escritor francês Romain Rolland em uma carta de 1927 ao psicanalista Sigmund Freud. Rolland descreveu esse sentimento como uma “sensação de eternidade”, um “sentimento de ser um com o mundo externo como um todo”. Freud ficou intrigado com a descrição de Rolland e dedicou um capítulo de seu livro “O Mal-Estar na Civilização” (1930) para explorar o conceito. Freud argumentou que o sentimento oceânico, se existe, é um resquício do “sentimento primitivo do ego” que existe na infância. No início da vida, o bebê não tem um senso de si mesmo separado do mundo externo. O bebê sente-se parte de um todo indiferenciado, que Freud chamou de “ego primitivo”. Esse sentimento de unidade é gradualmente perdido à medida que o bebê desenvolve um senso de si mesmo separado. O sentimento oceânico pode ser revivido em adultos em certas situações, como quando se está em contato com a natureza, quando se está apaixonado ou quando se experimenta uma experiência religiosa. Freud acreditava que o sentimento oceânico é a fonte da experiência religiosa. Freud também acreditava que o sentimento oceânico é uma ilusão. Ele argumentou que o mundo externo é um lugar de separação e conflito, e que o sentimento de unidade é apenas uma fantasia. O conceito de sentimento oceânico foi influente na psicologia e na religião. Foi usado para explicar a experiência religiosa, a criatividade e o senso de significado na vida. Aqui estão alguns exemplos de como o sentimento oceânico pode ser experimentado: -Um indivíduo pode sentir-se conectado com a natureza ao contemplar um pôr do sol ou ao ouvir o som das ondas do oceano. -Um indivíduo pode sentir-se conectado com outra pessoa ao fazer amor ou ao compartilhar um momento de intimidade. -Um indivíduo pode sentir-se conectado com algo maior do que si mesmo ao participar de um ritual religioso ou ao meditar. O sentimento oceânico é uma experiência subjetiva que pode ser difícil de definir ou explicar. No entanto, é uma experiência que é significativa para muitas pessoas. Filosoficamente, o sentimento oceânico pode ser visto como uma expressão do conceito de cosmos do estoicismo. O sentimento oceânico é uma experiência de unidade com o universo, que é um conceito central do estoicismo. O estoicismo pode fornecer um contexto para entender o sentimento oceânico e para lhe dar um significado mais profundo. Os estoicos acreditavam que a experiência do sentimento oceânico é uma oportunidade para o indivíduo se conectar com a ordem natural do universo. O sentimento oceânico pode ser encaixado dentro das teorias de exercícios filosóficos para o bem viver como uma experiência que pode ser cultivada através da prática. Esse e outros exercícios espirituais podem nos ajudar a desenvolver uma consciência mais profunda de nós mesmos e do mundo ao nosso redor. Eles podem nos ajudar a ver o mundo como uma unidade holística, e a nos sentirmos conectados com algo maior do que nós mesmos. A importância prática do sentimento oceânico como exercício é que ele pode nos proporcionar uma sensação de paz, alegria e sentido de propósito. Ele pode nos ajudar a lidar com o estresse e a ansiedade, e a nos sentirmos mais conectados com os outros. Aqui estão algumas maneiras de cultivar o sentimento oceânico através da prática de exercícios espirituais: - Contemplação da natureza: Passar tempo na natureza pode nos ajudar a nos conectar com a beleza e a harmonia do mundo ao nosso redor. - Meditação: A meditação pode nos ajudar a desenvolver uma consciência mais profunda de nós mesmos e do mundo ao nosso redor. - Reflexão filosófica: A reflexão filosófica pode nos ajudar a desenvolver uma compreensão mais profunda do universo e de nosso lugar nele. É importante notar que o sentimento oceânico não é uma experiência que pode ser forçada. Ele é uma experiência que surge naturalmente quando estamos abertos a ela. Os exercícios espirituais/filosóficos podem nos ajudar a nos preparar para essa experiência, mas eles não podem garantir que ela aconteça. Esses e outros exercícios fazem parte de meu novo curso de desenvolvimento pessoal: 🔮 Hipnose Transcendental (2024) “Hipnose Transcendental: Exercícios Filosóficos para o Bem Viver.” Este curso é para todos que buscam transcender os limites da consciência e desvendar os mistérios do ser. 🌟 Maiores informações e reservas: via direct ou email. Marcelo Martins Moreira Email: marcelomartinsmoreira@gmail.com
